sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Lugar de bebê…é no colo!

Quando li essa matéria logo vi que não é só eu quem pensa assim. Desde que engravidei sempre pensei que não ia rejeitar colo, até mesmo porque o bebê só quer colo por um curto espaço de tempo, depois ele só quer ficar no chão correndo e daí a gente vai sentir falta do período em que ele ficava no colo.
Quando o Otávio teve infecção urinária e ficamos uma semana no hospital o que eu mais ouvia era: esse guri vai pegar manha e depois só vai querer colo!!! Será que era para mim deixar ele com dor e desamparado??? Dei muito colo sim, e continuo dando, embora ele não gosta de colo?!?!?! Acreditem, tem vezes que ele chora e eu faço de tudo, quando coloco ele no berço ele fica quietinho, tava chorando porque não queria colo.
Bom segue abaixo uma matéria que li esses dias e acho que pode ajudar quem ainda acha que dar colo é dar manha, não pensa que dar colo é dar amor, carinho, atenção. Boa leitura!!!

A criança passa nove meses dentro da barriga da mãe e quando nasce o que ela mais quer é colo e aconchego. Muitas vezes o choro do bebê só cessa se ele se sente amparado.  E sempre tem a sogra ou a tia que dá pitaco dizendo que a criança ficará mal acostumada por ter ‘colo demais’.  Mas, será que carinho em excesso faz mal?
A pediatra Evelin Pontes Nadalutti, 39, diz que não. Ela explica que colo só traz benefícios para o bebê e que não tem nenhuma relação com mimar a criança. Ela afirma que é por isso que eles são chamados ‘bebês de colo’. “Se tiver aconchego e for bem amparada, a criança se sentirá mais segura. Com isso, será mais tranquila e terá até mais capacidade de aprendizado”, diz.
Hoje em dia, os carrinhos de bebê, cadeirinhas que vibram acabam sendo mais usados do que os braços dos próprios pais. A médica repara que a sociedade tem expulsado as crianças do colo. Por esse motivo, ela acredita que há tantos adultos dependentes. “Vemos tantos marmanjos com 30 anos que não têm autonomia porque não receberam colo quando deveriam”, opina.
Ela explica que a antroposofia faz uma imagem figurada sobre o desenvolvimento do ser humano mostrando que até completar sete anos a criança precisa ser ‘carregada’ no colo e que os pais são a direção da vida deles.
“Já dos sete aos 14 anos, os pais caminham ao lado de mãos dadas com os filhos para depois, dos 14 aos  21 anos, a criança siga ao lado dos pais, mas caminhe sozinha, sem dar as mãos”, explica a pediatra. “Aos 21 anos, eles estão prontos como indivíduo para trilhar o próprio caminho.” Mãe de Vitória, 11, e de Felipe, 5, Evelin diz que dá sempre colo para o caçula e, para a filha, “ toda vez que ela quer”.
A médica explica ainda que as crianças são seres que vão mais pelas sensações do que pelo racional, principalmente, os recém-nascidos. “O primeiro mês do bebê consideramos uma gestação extra-uterina. Ele precisa do calor, do cheiro, dos batimentos cardíacos da mãe.” Muitas vezes a criança faz ‘birra’ e a pediatra diz que mesmo nessa circunstância o acolhimento é benéfico, porém, com autoridade.  Mas, sobre limites nós vamos falar em um post em breve.
Outra vantagem do colo está na estimulação da amamentação. A criança que fica mais pertinho da mãe acaba mamando em livre demanda (sempre que o bebê quer), o que faz com que a criança seja amamentada por um tempo mais prolongado.
A professora Fernanda Forato, 33, vive com a filha Liz, 7 meses, pendurada no sling (carregador feito de pano). “Geralmente quando ela está comigo está mamando. Muitas pessoas já questionaram até quando vou dar colo e amamentá-la. Eu  brinco que é até os 20 anos”, diz Fernanda que busca praticar uma maternidade com apego.
“Não vou deixar ela chorando para fazer alguma coisa em casa”, diz Fernanda que carrega a filhota até nas atividades domésticas. “Já pendurei roupa e passei aspirador na casa com ela no sling”, conta. O carregador permite que a mãe fique com as mãos livres enquanto transporta  o bebê.
Fernanda também nota que a filha tem se desenvolvido muito bem ao ficar sempre conectada com ela. “Ela não é um bebê apático como outros que vemos. Acho que faz toda a diferença esse tipo de criação que escolhemos”, conta.
A pediatra Evelin explica que os pais devem ter cuidado ao transportar o bebê no sling. Nos primeiros meses, quando o recém-nascido ainda é ‘molinho’, ela recomenda fazer um cueiro dos mesmos moldes que eram feitos pelas nossas avós para depois colocar a criança no sling.
“O sling permite que a mãe tenha autonomia. Ele também é ótimo pois o acesso ao peito da mãe fica mais fácil, o que permite amamentá-la com mais frequência e por mais tempo”, comenta.

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